domingo, 9 de agosto de 2009

OBRIGADA.


"- Meu comandante, meu capitão, fiz um prisioneiro! 

- Onde é que ele está? 
- Não quis vir." 

Fazer o que quer que fosse no Estado Novo não era fácil, então humor nem quero imaginar, pois esse é difícil de fazer sejam quais for os tempos. É preciso ter um dom enorme para dizer algo que consiga arrancar uma gargalhada, seja a apenas um pessoa ou uma plateia de milhares. 
Raul Solnado e Vasco Santana são de outra geração, tinham não só talento mas também inteligência para contornar a censura. Mesmo pioneiros como Monty Python tiveram a vida mais "facilitada". Por isso admirava imenso este senhor, tal como o Vasco Santana. São um exemplo a seguir por todos os comediantes dos dias presentes. 
A perda de uma pessoa é irreversível, mas o seu trabalho perdurará por imensos anos, se as gerações vindouras não caíram na piadinha fácil e abrirem os olhos para o humor a sério, de barba rija.

Por tudo o que fez, um grande obrigado ao Raul Solnado.

E despeço-me desta homenagem como só ele sabia fazer...

"Façam o favor de ser felizes" .

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