
"- Meu comandante, meu capitão, fiz um prisioneiro!
- Onde é que ele está?
- Não quis vir."
Fazer o que quer que fosse no Estado Novo não era fácil, então humor nem quero imaginar, pois esse é difícil de fazer sejam quais for os tempos. É preciso ter um dom enorme para dizer algo que consiga arrancar uma gargalhada, seja a apenas um pessoa ou uma plateia de milhares.
Raul Solnado e Vasco Santana são de outra geração, tinham não só talento mas também inteligência para contornar a censura. Mesmo pioneiros como Monty Python tiveram a vida mais "facilitada". Por isso admirava imenso este senhor, tal como o Vasco Santana. São um exemplo a seguir por todos os comediantes dos dias presentes.
A perda de uma pessoa é irreversível, mas o seu trabalho perdurará por imensos anos, se as gerações vindouras não caíram na piadinha fácil e abrirem os olhos para o humor a sério, de barba rija.
Por tudo o que fez, um grande obrigado ao Raul Solnado.
E despeço-me desta homenagem como só ele sabia fazer...
"Façam o favor de ser felizes" .
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